A 8 Séculos de Língua Portuguesa-Associação tem a
honra de convidar V. Exa. para a próxima tertúlia poética dedicada à poesia
portuguesa, no dia 14 de maio, 5ª feira, às 18 horas, na Casa Fernando Pessoa,
no âmbito das Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa.
Teremos o privilégio da participação Professor Doutor
Carlos Carranca, professor do ensino superior, poeta, ensaísta, declamador,
cantor e animador cultural, com vários livros publicados.
É Carlos Carranca que no seu poema O Poeta e a Vida, nos
revela que «Contra a angústia/ a solidão
e o medo/ ergo/ os versos/ e não cedo.// Quebro-os/– lança imaginária –/na
página da Vida./ E é por ela/ que os escrevo.»
Carlos Carranca fará uma breve preleção sobre a literatura
portuguesa. Seguidamente, daremos lugar à declamação de poesia e, no final,
abriremos a sessão à participação do público.
Esta tertúlia insere-se no ciclo intitulado «Poetas de Mar e Mundo», que tem por
objetivo promover e divulgar a poesia dos países de língua oficial portuguesa,
dando a conhecer, através dela, as diversas culturas, aproximando os povos que
usufruem de uma riqueza cultural em comum – a Língua Portuguesa.
Escolhemos para este ciclo de tertúlias a Casa
Fernando Pessoa pela simbólica que encerra, pelo facto de o “Mar” estar
presente na poesia pessoana, por este ano se assinalarem os 80 anos sobre o
falecimento de Fernando Pessoa e os 100 anos do heterónimo de Alberto Caeiro,
por prestigiar as literaturas dos países de língua portuguesa e, acima de tudo,
por ser prestigiada por elas.
Nas tertúlias anteriores, a 8 Séculos de Língua
Portuguesa-Associação convidou diversos declamadores a apresentarem a poesia
dos seus países: Jorge Pessoa (Angola), Lauro Moreira (Brasil), Celina Pereira
(Cabo-Verde), Emílio Tavares Lima (Guiné-Bissau) Elsa de Noronha (Moçambique), José
Amaral (Timor-Leste) e Olinda Beja (São Tomé e Príncipe). Fizeram uma
retrospetiva sobre o contexto literário no Brasil, em Cabo Verde, na
Guiné-Bissau, em Moçambique e em Timor-Leste, o Embaixador Lauro Moreira, o
Professor Doutor Alberto de Carvalho, o Doutor Ernesto Dabó, o Dr. Emílio
Tavares Lima, a Drª Giulia Spinuzza, o Professor Luís Costa e a Professora
Doutora Olinda Beja, respetivamente.
A tertúlia dedicada a Portugal, no dia 14 de maio, 5ª
feira, encerra este ciclo de promoção e divulgação da poesia dos países
da CPLP.
Na expectativa de V. Exa nos conceder a honra da sua
presença, queira aceitar os nossos melhores cumprimentos,
Maria José Maya
Presidente da Direção
8 Séculos de Língua Portuguesa-Associação
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Sobre
Carlos Carranca
Carlos Alberto Carranca de Oliveira e
Sousa, mais conhecido como Carlos Carranca, professor do ensino superior,
poeta, ensaísta, declamador, cantor e animador cultural, nasceu na Figueira da
Foz, com fortes laços de ligação à Lousã. Licenciado em História, é professor
auxiliar convidado da Universidade Lusófona, docente da Escola Superior de
Educação Almeida Garrett e da Escola Profissional de Teatro de
Cascais.
Foi Presidente da Direcção da Sociedade de Língua
Portuguesa, de 1998 a 2001; fundador e membro da direcção do Círculo Cultural
Miguel Torga; professor no Instituto Superior de Humanidades e Tecnologias;
sócio fundador da Sociedade Africanóloga de Língua Portuguesa; sócio fundador
do Círculo Cultural Miguel Torga; sócio da Associação Portuguesa de Escritores;
director adjunto do jornal Artes e Letras e consultor cultural da
Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa, assumindo-se, ainda,
como apoiante indefectível da Académica. Entre as instituições com as quais
colabora regularmente, podemos citar o Museu da República e Resistência e a
Associação 25 de Abril.
Na Universidade Lusófona levou a cabo uma intensa
actividade e marcante acção cultural: director do Gabinete de Acção Cultural;
fundador e director-adjunto da Biblioteca Geral (com o director, Professor
Vítor de Sá); fundador e presidente do Conselho Fiscal das Edições
Universitárias Lusófonas; secretário do Centro de Estudos de História
Contemporânea; fundador do Centro de Iniciação Teatral, juntamente com Carlos
Avilez e João Vasco; fundador e coordenador da colecção
científico-literária Meia Hora de Leitura, em parceria com Vítor de Sá –
no âmbito das actividades da Biblioteca.
Também nas escolas do concelho de Cascais, onde exerceu
docência, o seu papel como divulgador da poesia portuguesa e animador cultural
se destacou. Na Escola Secundária Ibn Mucana, entre outras coisas, dirigiu as
actividades culturais da biblioteca e criou a revista Oxalá. Na Escola
Secundária de Alvide organizou o Movimento Juvenil, a nível nacional, de apoio
à candidatura de Miguel Torga ao Prémio Nobel (com recolha de assinaturas
entregues em Estocolmo).
Durante os anos 1994-99 foi responsável
pela Noite das Artes – espectáculo de encerramento das Jornadas de
Educação e Cultura do Concelho de Cascais, onde poetas como Miguel Torga,
António Gedeão, Manuel Alegre, Luís Goes, Helena Cidade Moura, Fernando Silvan
e Sophia de Mello Breyner foram homenageados.
Estudioso das tradições populares e académicas de Coimbra,
é como poeta que se torna conhecido em dois livros profundamente ligados à
temática da cidade do Mondego:Serenata Nuclear e Sete Poemas para
Carlos Paredes. É, no entanto, como divulgador da poesia portuguesa, como poeta
e ensaísta – torguiano convicto (responsável pela homenagem nacional a Miguel
Torga e coordenador da homenagem que lhe foi prestada no concelho de Cascais) –
e como animador cultural, que o seu trabalho ganha ainda mais importância,
destacando-se Poesia para Todos, três anos consecutivos em palco, no
auditório do Instituto Português da Juventude (Parque das Nações), de 1999 a
2002, com uma apresentação de sucesso no Cine Teatro da Lousã.
É, também, no Cine Teatro da Lousã que lança uma das
suas obras poéticas, Lousã em Menino. A este propósito deve-se referir a
prontidão que sempre tem demonstrado para colaborar com a autarquia e o carinho
com que as gentes da Lousã têm recebido aquele que consideram um dos seus.
Das várias obras publicadas, destaca-se o
livro Torga, o Bicho Religioso, nascido da relação pedagógica de Carlos
Carranca com os seus alunos da Escola Profissional de Teatro de Cascais, a quem
foi dedicado, tendo sido objecto de apresentação pública em muitos municípios.
Obras publicadas:
Poesia – Imagem, Lisboa, 1981; À
procura do amor perdido, Lisboa, 1982; Ressureição, Coimbra, 1992; 7
Poemas para Carlos Paredes, Lisboa, 1994, 2ª ed. 1994, 3ª ed. rev. aum. 1996;
4ª ed. revista e aumentada, 1998; Serenata Nuclear, Coimbra,
1994; Pedras suspensas, Lisboa, 1996; O espírito da raiz, Lisboa,
1997; Homo viator (in Espírito da raiz), Lisboa, 1997; Lousã em
Menino, Lisboa, 1998; Neste lugar sem portas, Lisboa, 2002.
Ensaio – Torga, o português do mundo, Coimbra,
1988; Miguel Torga e a África portuguesa, Lisboa, 1995; O Fantasma de
Pascoaes, Lisboa, 1996, 2ª ed. ver. aum., 1997;Torga – o bicho religioso,
Lisboa, 2000, 2ª ed. rev. aum., 2000; A Nostalgia de Deus ou a palavra
perdida em Miguel Torga, Lisboa, 2001; O sentimento religioso em Torga e
em Unamuno, Lisboa, 2002.
Outras publicações – O coração ao pé da
boca, Lisboa, 2001.
Org. Antologias Poéticas – O Poema, Lisboa,
1998; O Poema 2, 1999; O Poema 3, 2000; O Poema 4, 2001; 25
Poemas de Abril, Lisboa, 1999; 25 Poemas no feminino, Lisboa,
2001; Poemas 25, Lisboa, 2001.
In Projecto Vercial, Universidade do Minho, disponível
em: http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/carranca.htm
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