29 de junho de 2014

A língua portuguesa tem mais de 800 anos!

As línguas não surgem do nada, num determinado dia e numa hora específica. Obedecem a um continuum temporal, fruto de múltiplas transformações sociais, políticas, económicas, individuais… Sendo um organismo vivo, elas são  dinâmicas e moldadas pelos seus falantes desde a sua génese momento que é impossível determinar passando por um longo  período de evolução, num processo lento, moroso e complexo, até à sua fixação, continuando sempre a evoluir.

A língua portuguesa não fez 800 anos, em 27 de junho de 2014! Nesse dia, foi o Testamento de D. Afonso II , datado de 27 de junho de 1214,  que fez 800 anos. É o ponto de referência mais importante para a Língua Portuguesa enquanto língua escrita, embora não seja o mais antigo.

A língua portuguesa, enquanto língua oral, resulta de uma longa transformação a partir de um conjunto de dialectos (galego-portugueses) do noroeste da Península Ibérica. É, segundo Ivo Castro, um natural processo que se foi autonomizando a partir dos sécs. VI-VII, quando, na antiga província Gallaecia et Asturica, se começam a manifestar alguns fenómenos de mudanças fonéticas que vão descendo para sul e afetando o léxico e consistentemente fixando o que viria a constituir o Português atual.[Cf. Castro, I. (2006). Introdução à História do Português. 2ªed. rev e aum. Lisboa: Ed. Colibri].

Também Paul Teyssier refere que «a partir de inícios do século XIII surgem documentos inteiramente escritos em “língua vulgar” testamentos, títulos de venda, foros, etc. Um dos textos mais antigos deste género é o testamento de Afonso II, datado de 1214. D. Dinis dará grande impulso à utilização da “língua vulgar” ao torná-la obrigatória documentos oficiais». Mais afirma este autor que é na segunda metade do século XIII que se estabelecem certas tradições gráficas. [Cf. Teyssier, P. (1984). História da Língua Portuguesa, 2ª ed. portuguesa, Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora].

Deste modo, a 8 Séculos de Língua PortuguesaAssociação decidiu designar estas Comemorações por "8 Séculos de Língua Portuguesa", tomando como referencial o Testamento de D. Afonso II, mas reportando-se, também, a todos os documentos coevos escritos em língua portuguesa. 

É, pois, óbvio que a língua portuguesa não fez 800 anos em 27 de junho de 2014. Não estamos a comemorar a data de nascimento da língua portuguesa, pois esta é impossível de se determinar, todavia estamos a assinalar os 8 séculos do conhecimento dos textos mais antigos redigidos em língua portuguesa, entre os quais se destaca o Testamento de D. Afonso II. Esta escolha afigura-se-nos como uma proposta muito digna para, simbolicamente, congregar os falantes dos quatro continentes, sensibilizando-os para a força que une povos tão diversos, portadores de riquezas culturais ímpares.

E é a propósito dos 800 anos do Testamento de D. Afonso II, que a 8 Séculos da Língua Portuguesa-Associação convida todos os falantes a integrar as Comemorações dos 8 Séculos a Língua Portuguesa e a celebrar esta língua oficial, partilhada por oito países e pela região administrativa de Macau, promovendo iniciativas nesta língua de legados e heranças, afetos e maresia.

Participe nas Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa, promovendo e divulgando a língua portuguesa que, glosando Fernando Pessoa, "é o som presente d'esse mar futuro"!

Maria José Maya
Presidente da Direção
8 Séculos de Língua Portuguesa-Associação
http://8seculoslinguaportuguesa.blogspot.pt
https://twitter.com/8SECLP

Publicado em 29-06-2014 - 23:28
Lisboa | Portugal

Participe nas Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa!

Onde se encontrar neste belo planeta azul, participe nas Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa! 

As Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa assinalam o conhecimentos dos textos mais antigos em língua portuguesa. Têm como referencial o Testamento de D. Afonso IIum dos textos mais antigos redigidos em língua portuguesa.  

Decorrem de 5 de maio de 2014, Dia da Língua e da Cultura na CPLP,  a 10 de junho de 2015, numa homenagem à literatura em língua portuguesa.

Desenrolam-se em rede, em parceria e com carácter policêntrico nas mais diversas geografias que têm a língua portuguesa como língua oficial.

As instituições promotoras por cada país de expressão portuguesa agregarão a si os organismos que considerarem apropriados, endereçarão os convites para a Comissão de Honra e organizarão os eventos que entenderem por convenientes.

Todas as iniciativas neste âmbito deverão ser comunicadas à 8 Séculos de Língua Portuguesa─ Associação- entidade sem fins lucrativos- e deverão ter o logótipo das Comemorações para poderem ser divulgadas no site próprio que será brevemente publicado, independentemente de serem noticiadas por outros meios. 

O símbolo das Comemorações deverá ser incluído em todos os eventos e materiais produzidos.

Pessoas e instituições podem propor iniciativas!  Desenvolva iniciativas no âmbito das Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa e comunique-nos através do email: info@8seculoslinguaportuguesa.com.



Participe! 

A língua portuguesa é o som presente d'esse mar futuro! 

28 de junho de 2014

Lançamento da medalha oficial das Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa

O lançamento da medalha oficial das Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa decorreu, ontem, dia 27 de junho de 2014, pelas 18 horas, na Biblioteca Nacional de Portugal. 

A Imprensa Nacional-Casa da Moeda e a 8 Séculos de Língua Portuguesa — Associação, em parceria com o Centro Nacional de Cultura e a Biblioteca Nacional de Portugal, foram as entidades organizadoras do evento. 

A edição da medalha, em prata de lei, da autoria do escultor Fernando Fonseca, resultou de um concurso público internacional lançado pela INCM-Imprensa Nacional Casa da Moeda, por proposta da 8 Séculos de Língua Portuguesa-Associação. 


"A medalha tem numa das faces o logótipo das comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa reorganizado no espaço circular da peça e na outra face a linga portuguesa é apresentada como uma árvore, um elemento vivo que se desenvolve a partir de raízes ancestrais, e cujo tronco é formado pelos contributos das diversas fontes linguísticas", refere a INCM.

Presidiu à mesa a Diretora da Biblioteca Nacional, Doutora Maria Inês Cordeiro, seguindo-se as intervenções da Presidente da 8 Séculos da Língua Portuguesa-Associação- Maria José Maya, dPresidente do CNC-Centro Nacional de Cultura, Dr.Guilherme d’Oliveira Martins, do Presidente do Conselho de Administração da INCM- Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Dr. António Osório,   e do escultor Fernando Fonseca. 

Estiveram presentes no evento membros do corpo diplomático e altas individualidades, num auditório repleto de convidados que o prestigiaram.

Seguiu-se um momento poético-musical de excepcional qualidade com a colaboração da Sphaera Mundi — Associação Internacional de Cooperação para o Desenvolvimento, que contou com a atriz brasileira Valéria Carvalho, em representação da CLIP-Casa da Língua Portuguesa, o declamador angolano Jorge Pessoa, a declamadora moçambicana Elsa de Noronha e os portugueses Ana Laíns, cantora,  e Carlos Carranca que atuaram pro bono.

Está presente na medalha oficial das Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa uma evocação de todos os países de língua oficial portuguesa.



16 de junho de 2014

Testamento de D. Afonso II | 27 de junho de 1214| Sobre os primeiros documentos em língua portuguesa II - Datação

«Dos princípios do séc. XIII  temos a Noticia de torto e o Testamento de D. Afonso II, de 27 de Junho de 1214, seguindo-se-lhe um longo hiato até aparecer novo documento em português em 1255» 
Pe Avelino de Jesus da Costa (1979).


O Testamento de D. Afonso II de Portugal e a sua datação são do conhecimento público através do trabalho realizado pelo Padre Avelino de Jesus da Costa em 1979, intitulado Os mais antigos documentos escritos em português. Revisão de um problema histórico-linguístico, trabalho ampliado da comunicação apresentada no «IVe Congrès International de Diplomatique», realizado em Budapeste, em 1973, de acordo com Maria Helena da Cruz Coelho.

Reportando-nos aos documentos da Chancelaria de D. Afonso II de Portugal, Maria Helena da Cruz Coelho, em 1991, sublinha que «Avelino de Jesus da Costa, no seu fundamentado estudo sobre "Os mais antigos documentos escritos em português. Revisão de um problema histórico-linguístico”, trabalho que foi preparado no Centro de História da Sociedade e da Cultura da Universidade de Coimbra, disserta largamente sobre os mais antigos documentos não datados escritos na nossa língua, mostrando como se trata de cópias, a que atribui as respectivas datas críticas, para vir a concluir que o mais vetusto original datado, redigido em português, é precisamente o testamento do nosso monarca D. Afonso II, de 27 de Junho de 1214. E para atingir esta definitiva asserção conjugam-se conhecimentos de linguística, história e diplomática, que o autor criteriosamente maneja para dilucidar a verdade dos factos.»

Afirma-nos o Pe. Avelino de Jesus da Costa, no seu texto “Os mais antigos documentos escritos em português. Revisão de um problema histórico-linguístico”, reportando-se ao testamento, que «posto de lado o Auto de Partilhas de 1192 e o Testamento de 1193, o primeiro documento escrito em português e provido de data é o testamento feito por D. Afonso II ‘en Coinbria IIII or dias por andar de Junio Era M.a  CC. A  L a II.a’ , isto é, 27 de Junho de 1214.»

No âmbito das fontes linguísticas da língua portuguesa, foi precursora na pesquisa efectuada, em torno do Testamento de D. Afonso II,  Carolina Michaëlis de Vasconcelos, filóloga, etnógrafa, historiadora,  crítica literária, escritora e lexicógrafa, que publicou em 1897, em alemão, a História da Literatura Portuguesa.  Seguiram-se-lhe, na pesquisa, os linguistas portugueses Pedro de Azevedo  e Leite de Vasconcelos. Lê-se às páginas 399 e 400  do manual de Textos Portugueses Medievais, abaixo mencionado, o seguinte, citamos: «[O Testamento de D. Afonso II] foi publicado, segundo um manuscrito do Arquivo Nacional da Torre do  Tombo (Lisboa), por Pedro de Azevedo, na Revista Lusitana, VIII, 82-84 (1903-1905), precedido de elucidativa introdução(pp.80-81), e por Leite de Vasconcelos, nas Lições de Philosofia portuguesa, Lisboa, 1911, pp. 70-75, com proémio e extenso e riquíssimo comentário (pp.69-70, e 75-101), aqui parcialmente aproveitado. O texto latino (datado de 1221) foi dado a lume por Fr. Francisco Brandão, na Monarchia Lusitana, IV, prt., fol. 269 v. a 270 v. (Lisboa, 1632) e por D. António Caetano de Sousa, na História da Genealogia da Casa Real Portuguesa, etc., Provas, I, 34-36 (Lisboa, 1739).

A datação do Testamento de D. Afonso II foi noticiada, enquanto «o primeiro documento escrito em português e provido de data», pelo Padre Avelino da Costa, em 1979, num texto intitulado ”Os mais antigos documentos escritos em português. Revisão de um problema histórico-linguístico”, trabalho ampliado de uma comunicação apresentada ao “IV Congrès Internationale de Diplomatique”, realizado, em Budapeste, em 1973. Afirmava, então o Padre Avelino da Costa que «posto de lado o Auto de Partilhas de 1192 e o Testamento de 1193, o primeiro documento escrito em português e provido de data é o testamento feito por D. Afonso II ‘en Coinbria IIII or dias por andar de Junio Era M.a  CC. A  L a II.a’ , isto é, 27 de Junho de 1214.»  A partir de 1979, a datação do Testamento passa a ser mais amplamente conhecida a nível internacional, através da sua divulgação no congresso em epígrafe. Tanto Lindley Cintra, desde a década de sessenta, como Ivo Castro, no seu Curso de História da Língua Portuguesa (1991) clarificam que esses documentos não teriam sido os únicos dessa primeira fase. 

Esta informação faz parte da História da Literatura Portuguesa, dos anais da linguística portuguesa, e, por inerência, dos estudos linguísticos e literários nas universidades, bem como da formação dos professores de português que a ensinam e disseminam nas escolas desde sempre, sendo a título de exemplo o manual de Textos Portugueses Medievais, de Correia de Oliveira e Saavedra Machado, 3º ciclo dos liceus, 3ª edição (1968) Coimbra Editora Limitada, que no cap.  II. da parte dedicada  Prosa, apresenta o Testamento de D. Afonso II, comentado (pp.395-404). A datação rigorosa do Testamento de D. Afonso II de Portugal é reiterada também, à posteriori, por Ivo de Castro e Ana Maria Martins, entre outros linguistas e historiadores da língua, sendo do conhecimento de todos os que que estudam História da Língua nas universidades, constando dos manuais de História da Língua, História de Portugal, História Diplomática, Diplomática, Paleografia, entre outras disciplinas.  

Em 2001, a Biblioteca Nacional de Portugal organizou sob a direcção de Maria Helena Mira Mateus, a Exposição Comemorativa do Ano Europeu das Línguas, em que o Testamento de D. Afonso II de Portugal foi um dos documentos em foco.

Em suma, a descoberta do Testamento de D. Afonso II  de Portugal, datado de 27 de junho de 1214, deu-se em 1973, é resulta de um trabalho efetuado por linguistas portugueses, acima referenciados, que data ao século XIX. 
  

15 de junho de 2014

Testamento de D. Afonso II | 27 de junho de 1214| Sobre os primeiros documentos em língua portuguesa I -"Como se estruturou a língua portuguesa?"


http://antt.dglab.gov.pt/exposicoes-virtuais-2/8-seculos-de-lingua-portuguesa/

Transcrição do Testamento de D. Afonso II  
(Clique sobre o título)

Excerto do texto "COMO SE ESTRUTUROU A LÍNGUA PORTUGUESA?
Perspectiva histórica da fonologia e da morfologia da língua portuguesa"
Rosa Virgínia Mattos e Silva
UFBA/CNPq
Museu da Língua Portuguesa-Estação da luz


(...) “Na última década do século XIII, o rei D. Dinis legaliza a língua portuguesa como língua oficial do reino de Portugal, seguindo também nisso o modelo de seu avô, Afonso X de Leão e Castela, que no seu reinado iniciado em 1252 institui o vernáculo castelhano como língua oficial de seu reino. Apesar de o português só ter sido oficializado no tempo de D. Dinis, já, a partir de 1255, na chancelaria do rei Afonso III de Portugal, usava-se o Português a par do Latim nos diplomas oficiais. Esse período de 1255 e a institucionalização do português como língua escrita oficial é o que Ana Maria Martins considera a segunda fase da primitiva produção documental em português: Martins (1998, 1999).

Vou centrar-me na primeira fase dessa primitiva documentação, portanto anterior a 1255, que nestes anos noventa começa a ser revista sobretudo pela referida lingüista e filóloga, seguindo inferências e sugestões tanto de Lindley Cintra (1963:45) como de Ivo Castro (1991: 183).

Em 1961, em colóquio sobre os mais antigos textos românicos não-literários, realizado em Estrasburgo, Lindley Cintra (1963) torna públicas pesquisas que vinha realizando sobre os antigos textos em português, juntamente com o paleógrafo Ruy de Azevedo, que demonstraram que, entre os textos, que a tradição filológica, desde os começos do século XX, indicava como os mais antigos – o Testamento de Elvira Sanches e o Auto das Partilhas – eram dos fins do século XIII, mantendo-se como os primeiros documentos, o Testamento de Afonso II, escrito na Chancelaria desse rei e a Notícia de torto, provável rascunho de um documento privado. O Testamento datado de 1214 e a Notícia, situável, pelos fatos narrados, relacionados a famílias historicamente identificadas, entre 1210 e 1216.

Ao trabalho do filólogo e paleógrafo antes nomeados, juntou-se depois o trabalho do historiador medievalista Pe. José Avelino da Costa (1979). Confirma os achados dos outros e ainda inclui um elemento novo que se refere a mais uma das treze cópias do Testamento de Afonso II, encontrada no arquivo da diocese de Toledo, na década de sessenta, já que, desde o século XIX até então só se conhecia uma, a que está no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em Lisboa. Desde então até hoje os incontestáveis conhecidos da primeira fase da primitiva documentação em português são, portanto, as duas cópias do Testamento de Afonso II e a Notícia de Torto.
  

Tanto Lindley Cintra, desde a década de sessenta, como Ivo Castro, no seu Curso de história da língua portuguesa (1991) deixam claro que esses documentos não teriam sido os únicos dessa primeira fase.

Nenhum outro documento oficial foi encontrado até hoje, entre as duas cópias do Testamento de 1214 e os documentos em português da Chancelaria de Afonso III, a partir de 1255, sendo assim, realmente, o referido Testamento um documento temporão, explicável por razões da história de vida de Afonso II.

Pesquisas muito recentes conduzidas sobretudo por Ana Maria Martins nos fundos conventuais arquivados na Torre do Tombo revelaram alguns documentos assemelhados à Notícia de torto, os quais já compõem um corpus de menos de vinte documentos, que a Autora situa entre 1175 e 1255, momento em que começa a Segunda fase referida. Esses documentos na sua classificação são de scripta conservadora, como a Notícia de torto diferentemente do Testamento de Afonso II, que classifica como de scripta inovadora. Compõem eles um conjunto de textos de natureza jurídica categorizados como fintos ou róis, notícias e testamentos: Martins (1997:7).

Para Ana Maria Martins, a fronteira entre textos latino-romances e textos romances de scripta conservadora produzidos em Portugal não deve ser traçada numa base meramente quantitativa. “O abandono efetivo ou tendencial das marcas de uma morfologia latina” (Martins 1999: 8) parece-lhe ser característica essencial desses documentos da primitiva produção em Português, por oposição aos documentos latino-romances.

Vale dizer que os documentos latino-romances em Portugal a que se contrapõem esses primeiros documentos de scripta conservadora vêm sendo também pesquisados por outro jovem filólogo e lingüista português, Antônio Emiliano que, na sua tese de doutoramento, se dedicou a língua notarial latino-bracarense: Emiliano (1997). Sem conhecer esse lado latino-romance da questão, não teria podido Ana Maria Martins contrapor os documentos que encontrou em sua pesquisa e defini-los com clareza que não são mais escritos em latim, mas representam uma scripta conservadora, latinizante da língua portuguesa.

Com esse filão recentemente reaberto, o estado da questão permite afirmar que a par da Notícia de torto outros documentos privados a ela assemelhados, compõem a primeira fase da primitiva produção documental em português e que a data para esse tipo de texto recua para as últimas décadas do século XII.” (...)

MAIS INFORMAÇÃO

11 de junho de 2014

Semana da Leitura - momentos a recordar-Blogue da biblioteca da Escola Sec. Miguel Torga- 17 de Abril

Semana da Leitura - momentos a recordar

Escola Secundária Miguel Torga
Agrupamento de Escolas de Queluz


LEITURAS PARTILHADAS
 Encontros programados entre turmas do 3.º ciclo e do ensino secundário 





Aqui, comungaram as vozes para cantar 8 Séculos de Língua Portuguesa.


 Ergueram-se para evocar a diáspora lusitana. 


Procurando, descobrindo sentidos.




Unindo os esforços para transmitir emoções.



E partilhar o desejo de sonhar.


Mais em: http://bibliotecaesmt.blogspot.pt/2014/04/semana-da-leitura-momentos-recordar.html

5 de junho de 2014

2 a 28 de junho - Mostra documental dos 8 Séculos da Língua Portuguesa - Biblioteca pública - Vila Nova de Gaia

Mostra documental dos 8 Séculos da Literatura Portuguesa 

Fundo Bibliográfico da Biblioteca Pública 
da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia

Viral Agenda
Gaia é cultura

5 | junho - Fórum da Educação assinala 8 Séculos da Língua Portuguesa-Esposende

Publicado por LOCAL.PT
 [04.06.2014]
 Esposende –  "Língua e os autores portugueses na Escola: uma herança com 800 anos” é o tema da tertúlia que, no âmbito do Fórum da Educação 2014, vai decorrer amanhã, 5 de junho, pelas 21h30, na Biblioteca da Escola Secundária Henrique Medina.
Para debater o tema estarão à mesma mesa Fernando Pinto do Amaral, Comissário do Plano Nacional de Leitura, Sérgio Guimarães de Sousa, do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho e a docente Catarina de Brito, da Escola Secundária Henrique Medina. A conversa será moderada por João Pedro Meira, estudante do Curso de Ciências da Comunicação da Universidade de Lisboa e antigo aluno da Escola Secundária de Esposende.
Aberta à participação toda a comunidade, em particular alunos, pais e professores, a iniciativa pretende debater o “estado” da Língua e dos autores portugueses na Escola, qual o lugar que ocupam no percurso educativo dos alunos e suas famílias e quais as implicações das mais recentes reformas curriculares, entre outras dimensões que, de forma espontânea, surjam no ambiente de tertúlia.
Fernando Pinto do Amaral é escritor e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Publicou vários livros, divididos entre a poesia, a ficção narrativa, o ensaio, obras para a infância e de divulgação. Exerceu crítica literária e foi comissário da participação portuguesa nas feiras do livro de Frankfurt, Genebra, Barcelona, entre outras. Recebeu diversos prémios literários. É desde 2009 comissário do Plano Nacional de Leitura.
Sérgio Paulo Guimarães de Sousa é professor de Literatura Portuguesa na Universidade do Minho. Lecionou como professor convidado/visitante na Universidade de São Paulo, na Universidade Blaise-Pascal (Clermont-Ferrand) e na Brown University (E.U.A). Para além de artigos em revistas da especialidade, publicou diversas obras. Recebeu o Prémio Engenheiro António de Almeida (1996) e o Prémio Literário Júlio Brandão/97, na categoria de Ensaio.
Catarina de Brito é professora de Português na Escola Secundária Henrique Medina, em Esposende. Possui especializações em Literatura do Século XX – Expressionismo/Neo-Realismo (U. Porto) e em Supervisão Pedagógica em Ensino do Português (U. Minho). No âmbito da investigação, aprofundou estudos ao nível da Linguística (Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário) e das Literacias e Leitura (Instituto de Educação da Universidade do Minho).
O programa do Fórum da Educação reserva para esta noite, às 21h30, no Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, a conferência “Educação: desafios futuros”, com a participação de David Justino, ex-Ministro da Educação e atual Presidente do Conselho Nacional de Educação.

4 de junho de 2014

8|Junho | Em Português: navegando com a língua-Teatro Municipal Joaquim Benite | Almada

Do Núcleo de Portugal da Fundação Antigo Liceu Gil Eanes (Cabo Verde)

«Associando-se à celebração dos 800 anos da Língua Portuguesa, que tem como ponto de partida a publicação do Testamento de D. Afonso II em 1214, o núcleo de Portugal da Fundação Antigo Liceu Gil Eanes (Cabo Verde) irá promover, em Junho e Julho de 2014, em colaboração com o Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada, um ciclo de apresentações inspiradas na obra de autores de língua portuguesa, incluindo autores de Portugal, do Brasil e dos países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). 

As apresentações consistirão na representação ou leitura dramatizada de textos em prosa e poemas dos autores seleccionados.»


Direcção artística de Sara Estrela, com Carolina Salles e Joana Campos 

Cafetaria do TMJB | 17h30

Inscrições: 10€
Reservas: 
Tel.: (+ 351) 93 492 00 36

Email: gileanista.cv@gmail.com

7|junho - Poetas de Mar e Mundo - Poesia em Língua Portuguesa

"Poetas de Mar e Mundo - Poesia em Língua Portuguesa"  com declamações de Maria Maya, Jograis do Atlântico e amigos,  na 84ª Feira do Livro no âmbito das Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa, às 18h00, na Praça Laranja, no Parque Eduardo VII, em Lisboa.

3 de junho de 2014

EM PORTUGUÊS: NAVEGANDO A LÍNGUA 8 SÉCULOS DEPOIS

 Núcleo de Portugal da Fundação Antigo Liceu Gil Eanes (Cabo Verde)

«Associando-se à celebração dos 800 anos da Língua Portuguesa, que tem como ponto de partida a publicação do Testamento de D. Afonso II em 1214, o núcleo de Portugal da Fundação Antigo Liceu Gil Eanes (Cabo Verde) irá promover, em Junho e Julho de 2014, em colaboração com o Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada, um ciclo de apresentações inspiradas na obra de autores de língua portuguesa, incluindo autores de Portugal, do Brasil e dos países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). 

As apresentações consistirão na representação ou leitura dramatizada de textos em prosa e poemas dos autores seleccionados.»


Direcção artística de Sara Estrela, com Carolina Salles e Joana Campos 

08 Junho | 17h30
29 Junho | 17h30
20 Julho | 17h30

Cafetaria do TMJB 

Inscrições: 10€
reservas: 
Tel.: (+ 351) 93 492 00 36

Email: gileanista.cv@gmail.com

2 de junho de 2014

Participe nas Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa!

Onde se encontrar neste planeta azul, participe nas Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa! 

As Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa assinalam o conhecimentos dos textos mais antigos em língua portuguesa. Têm como referencial o Testamento de D. Afonso IIum dos textos mais antigos redigidos em língua portuguesa.  

Decorrem de 5 de maio de 2014, Dia da Língua e da Cultura na CPLP,  a 10 de junho de 2015, numa homenagem à literatura em língua portuguesa.

Desenrolam-se em rede, em parceria e com carácter policêntrico nas mais diversas geografias que têm a língua portuguesa como língua oficial.

As instituições promotoras por cada país de expressão portuguesa agregarão a si os organismos que considerarem apropriados, endereçarão os convites para a Comissão de Honra e organizarão os eventos que entenderem por convenientes.

Todas as iniciativas neste âmbito deverão ser comunicadas à 8 Séculos de Língua Portuguesa─ Associação- entidade sem fins lucrativos- e deverão ter o logótipo das Comemorações para poderem ser divulgadas no site próprio que será brevemente publicado, independentemente de serem noticiadas por outros meios. 

O símbolo das Comemorações deverá ser incluído em todos os eventos e materiais produzidos.

Pessoas e instituições podem propor iniciativas!  Desenvolva iniciativas no âmbito das Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa e comunique-nos através do email: info@8seculoslinguaportuguesa.com.


Participe! A língua portuguesa é o som presente d'esse mar futuro! 

@visitportugal retuita as Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa

 Retweetado por Visit Portugal em 02.06.2014
Divulgue as Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa-Desenvolva iniciativas!

1 de junho de 2014

1|junho - Poetas de Mar e Mundo - Contos e Poemas para a Infância

 "Poetas de Mar e Mundo - Contos e Poemas para a Infância"  com declamações de Maria Maya e Jograis do Atlântico, decorreu na 84ª Feira do Livro no âmbito das Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa, às 18h00, na Praça Azul. As crianças apareceram, estiveram atentas e divertiram-se.

                                                                                                                                                           


Contos Tradicionais da CPLP-Declaração do Secretário Executivo

Contos Tradicionais da CPLP

«São temas que nos garantem uma herança cultural coletiva 
e que devem ser partilhados com as nossas crianças»
Dia Mundial da Criança

Declaração do Secretário Executivo  da CPLP

                                                                       Sua Excelência o  Embaixador Murade Murargy