4 de fevereiro de 2015

12|fevereiro| 18h -Tertúlia poética dedicada a Moçambique - Casa Fernando Pessoa-Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa


Quenguelequêze!” Sauda-nos,em júbilo e espanto, Rui de Noronha!

A 8 Séculos de Língua Portuguesa-Associação tem a honra de convidar para a próxima tertúlia poética dedicada à poesia de Moçambique, no dia 12 de fevereiro, 5ª feira, às 18 horas, na Casa Fernando Pessoa, no âmbito das Comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa. 

 Teremos o privilégio da participação da Drª Elsa de Noronha, poeta do dizer, e da Professora Doutora Ana Mafalda Leite que irá fazer uma preleção sobre o historial da literatura moçambicana. Depois, dar-se-á lugar à declamação de poesia e, no final, a sessão será aberta à participação do público. Esta tertúlia é a quinta do ciclo de Poesia em Língua Portuguesa intitulado «Poetas de Mar e Mundo». 

Este ciclo de tertúlias poéticas em língua portuguesa intitula-se genericamente "Poetas de Mar e Mundo", pelo facto de o Mar interpelar todos os povos de língua oficial portuguesa, uma língua que dialoga com outras línguas nacionais, de onde vislumbramos a “Ilha de Próspero”, a Muipiti de Rui Knopfli, com os “caminhos sempre abertos para o mar”. Escolhemos a Casa Fernando Pessoa pela simbólica que encerra, pelo facto de o “Mar” estar presente na poesia pessoana, por prestigiar as literaturas dos países de língua portuguesa e, acima de tudo, por ser prestigiada por elas.

Elsa de Noronha, filha de Rui de Noronha, poeta  e contista, o precursor mais jovem da moderna poesia moçambicana irá, decerto, trazer-nos a lua nova, a boa nova de seu pai, anunciando Quenguelequêze!”(1)

(1) Quenguelequêze!”- Do nascimento à queda do cordão umbilical, entre os barongas, em Moçambique, deve observar-se um período de reclusão, em que o pai não pode entrar na palhota sob pretexto algum e ao amante da mãe de uma criança ilegítima é vedado  passar nesse período defronte da palhota, sob pena de a criança morrer. O período de reclusão, entre algumas famílias de barongas, é levado até ao aparecimento da primeira lua nova, dia de grande regozijo e em que a criança, depois de uma cerimónia especial denominada “iandlba”, aparece publicamente na aldeia, livre do que consideram "a poluição" da mãe. (Informação obtida via Zócalo Poets).


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