5 de dezembro de 2014

11|dezembro|18h00-Casa Fernando Pessoa-3ª Tertúlia poética -«Poetas de Mar e Mundo» - Poesia de Cabo-Verde

CONVITE

11|dezembro|18h00
Casa Fernando Pessoa

Esta tertúlia, que é a terceira do ciclo de Poesia em Língua Portuguesa intitulado «Poetas de Mar e Mundo», tem como convidada de honra a pedagoga e cantora Celina Pereira.

A sessão iniciar-se-á com uma breve preleção do Professor Doutor Alberto de Carvalho intitulada «Historial da Literatura Caboverdiana».

Depois dar-se-á lugar à declamação e, no final, haverá espaço para a participação do público.


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CELINA PEREIRA



Cantora e pedagoga cabo-verdiana, nascida na Boavista.

Licenciada em Educação Infantil, escritora de livros infantis, autora de três áudio-livros multilingues, com destaque, entre outras publicações, para «Estória, estória...do Tambor a Blimunda».

Comendadora da Ordem do Mérito da República Portuguesa e Medalha do Vulcão de 1º grau pela Presidência da República de Cabo Verde. Foi condecorada, em 2003, em Portugal, com a medalha de mérito - grau Comendadora - pelo Presidente português, Jorge Sampaio, pelo seu trabalho na área da educação e da cultura cabo-verdiana.

Coordenadora artística dos Contos Tradicionais da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP-2014).

Presidente da Assembleia Sphaera Mundi - Associação Internacional de Cooperação para o Desenvolvimento.

Prémio Amílcar Cabral Nápoles /Itália (2007) e Prémio Carreira Cabo Verde Music Awards (CVMW-2014).

 O seu primeiro single foi editado em 1979. Em 1986, é editado o seu primeiro disco, "Força di Cretcheu" (Força do Meu Amor), com arranjos e direção musical de Paulino Vieira, que inclui histórias e cantigas de roda, brincadeira, casamento e trabalho.

Em 1990, lançou o LP "Estória, Estória... No Arquipélago das Maravilhas" que contou com a colaboração de Paulino Vieira. Iniciou um trabalho de contadora de estórias em 1991, nos Estados Unidos.

"Estória, Estória..." foi reeditado em CD e em formato audiolivro (livro/cassete) tendo vários prémios internacionais.

"Estória, Estória... do Tambor a Blimundo" é um áudio-livro que pretende recuperar o património expressivo das histórias e jogos de roda tradicionais africanos. As ilustrações são da autoria da italiana Cláudia Melotti e os textos são da autoria de Celina Pereira bem como a adaptação de dois contos africanos, que tem uma nova edição, mais universal e multilíngue, com versões em português, crioulo, inglês e francês. As ilustrações são do pintor moçambicano Roberto Chichorro.

Edita pela editora francesa Melódie, em 1993, o álbum "Nós Tradição". Participa na compilação "Pensa nisto!...".

No disco "Harpejos e Gorjeios", editado em 1998, canta em crioulo e português. Contou com a direção musical de Zé Afonso. Interpreta a morna "Bejo de Sodade", da autoria de B. Leza, com o fadista Carlos Zel.

Colabora com Martinho da Vila no tema "Nutridinha (nutridinha do sal)" do disco "Lusofonia" de 2000.

Tem em preparação a edição de um conto baseado na história da ilha da Boa Vista (Cabo Verde).

Desde sempre preocupada com as questões da preservação da memória coletiva e, consequentemente, da própria identidade do povo cabo-verdiano, Celina Pereira vem cumprindo, desde o seu primeiro LP "Força di Crêtcheu", a aventura de tentar recuperar a riqueza e diversidade da cultura musical do povo cabo-verdiano.

Com pesquisas e recolhas efetuadas em Cabo Verde e na diáspora cabo-verdiana espalhada pelo mundo, Celina Pereira tem recuperado mazurcas, cantigas de casamento e mornas, cantigas de roda, lunduns, choros, lenga-lengas e toadas rurais e possibilitado a salvaguarda destes temas.

Celina Pereira tem ainda desenvolvido actividade permanente em diversas áreas da comunicação, nomeadamente como jornalista de rádio e contadora de estórias, atividade iniciada em liceus e escolas de Boston, Massachussets, USA, desde 1990.


Com uma imagem marcante, olhos verdes e olhar penetrante, Celina diz que é uma mulher exigente e orgulhosa. Inteligente e culta, é com grande empenho e dedicação que abraça os seus projetos e com muita garra que luta por eles. O céu é o seu único limite e a rosa amarela a sua flor preferida.


Organização: 8 Séculos de Língua Portuguesa-Associação

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